segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Seus olhares"



“Se seus olhos pudessem falar, falariam de amor”.
É quando eles decidem passear por ti,
e ficam por um longo tempo no tormento de te olhar,
comer-te com os olhos.

E, quando eles chegam a teus lábios, quase que consegue saboreá-los.

E, eles continuam a navegar por você. Mas em um dado momento eles se encontram, os olhos.
E a eletricidade que perpassa por eles arrepia-os, mutuamente. Todavia, ela não “baixa a guarda”, continua a perscrutar, e não sente pudor, continua a olhá-lo com aqueles olhos que comem.
Mas, agora, não é só ela que perscruta, ele também. Ambos se olham como se nunca se houvessem visto. Mas aquela eletricidade, jamais foi vista ou sentida, era deles. Ambos caminhavam por um caminho jamais percorrido, o caminho do deleite, deleite em apenas olharem-se.
Nenhum se movia, continuaram, apenas, a busca delicada, a busca silenciosa de olharem-se, e se amarem à distância. E, esses ‘olhos’ provocam, castigam, e buscam indefinidamente.
E ela não desiste, seus olhos encontram aquelas mãos calejadas como se assim pudesse ser tocada, abraçada, acariciada. E a doce tortura de ‘olhar’ continua.
Mas, eles apenas olham-se, e aquele momento se eterniza, porque se seus olhos pudessem falar, eles falariam, apenas, de amor.

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