segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Por teu longo caminho*

Que tal caminharmos de mãos dadas e você levar-me contigo em seu longo caminho?
E, sim, eu chorarei as tuas lágrimas e tentarei enxugá-las quando elas caírem
E, farei de teus sorrisos, carnaval
E, de tuas piadas, sonoras risadas
 E, estarei, eu, lá, sempre ao seu lado pelo seu longo caminho
E, limparei as tuas feridas, cuidarei de você
E, tu nem precisas cuidar de mim, só a tua companhia conforta-me
Sim, limparei as tuas feridas
E, de meus lábios só ouvirás coisas bonitas que façam-te feliz
E, por ti tentarei ser paciente, estarei sempre ao seu lado porque tua presença me conforta
E, na tua companhia não existirá solidão
Pois, irei afogar-me em seu beijos e sufocar-me com seus abraços
E, sentirei-me amada por ti.
Então: será eu, tu e agora nosso longo caminho
E, quando chegarmos em uma encruzilhada e falharmos um com o outro
Mesmo assim tentaremos/optaremos por estarmos juntos,
Porque o amor tudo supera, e a tua presença me conforta, e nos confortamos mutuamente
Não estamos sozinhos, temos uma eternidade juntos
E, eu sempre estarei contigo em teu longo caminho, agora nosso
E, não somente limparei suas feridas, enxugarei as tuas lágrimas, farei de tuas piadas eternos risos
Serei, agora, somente, a tua eterna companheira, principalmente, seu infinito amor.
E, lá, estará sempre “eu” a te sorrir e a te amar por teu longo caminho, sempre nosso, por toda nossas vidas.




segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Tortas palavras, palavras tortas"


Palavras, tortas palavras.
Apenas, tortas, essas palavras
Que diriges a mim, tortas.
As suas palavras são tortas,
Somente, tortas.
E, as minhas palavras entrelaçam-se as tuas, tortas palavras, quando eu falo.
E, no fim, as tuas palavras, serão sempre aquelas, tortas, tortas palavras.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O mundo era dele, é dele*


E, ela o encarava insistentemente como se assim pudesse ler a sua alma.
Mas ele mostrava-se imponente, seu rosto era como o mar sem ondas, e nesse momento, indecifrável.
Mas mesmo assim ela continuava a encará-lo, e continuava na complexa tentativa de desvendá-lo, ele era o seu enigma, e ela gostava disso.
E, seus olhos eram como um poço sem fim, quanto mais ela olhava tentando encontrar o término de sua profundidade, mas difícil tornava-se enxergar, e ela não conseguia ver o seu fim, não conseguia vê-lo, enfim, não conseguia entendê-lo.
 E, ela não realizava o seu intento, o intento de decifrar o que passava no fundo de seus olhos.
E, ele nada via, ainda não havia percebido a sua insistência em olhá-lo, em conhecê-lo com excelência.
Ele não dava aberturas para ela conhecê-lo, para ninguém conhecê-lo, ele era o deserto sem água, era as árvores sem frutas, ele era ele sem ela, era somente indecifrável, era somente ele, mais ninguém. E, ninguém existia em seu mundo, o mundo era dele, somente dele.
E, seus olhos penetravam fundo, se ele a visse olhá-lo, ele, sim, conseguiria decifrar o que ela carregava no coração, que era uma admiração intensa por ele, mas ele não a via, visto que só existia ele no seu mundo, o mundo era dele, somente dele.
 E, assim, ela parou de olhá-lo e foi ler um livro, tentando, assim, esquecê-lo. Era difícil pra ela aceitar uma perda, ela queria decifrá-lo, mas ela havia perdido.

Se sabia apenas que ninguém existia em seu mundo, o mundo era dele, somente dele.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Em busca das cores que dá cor a vida*


"Em busca de cores para colorir a vida."

Começo a jornada, e a cada passo que dou na minha busca, percebo que somente uma cor não é o bastante para colorir toda uma vida 
E, com todas as cores necessárias à vida começo a colorir.
Inicio dando cor aos dias e às noites
Procuro fazer do sol ainda mais brilhante do que já és para iluminar a minha vida, a tua e a nossa.
E, pinto a lua de uma forma que ela ilumine ainda mais o percurso de nossa existência
E , pelo meu estreito caminho encontro tantas árvores com folhas secas, e descontente com o que vejo começo a colori-las, e pinto-as com um verde saudável, e dou-lhe frutos doce e puros
E aquele caminho sem “natureza”, começa a ter a cara de natureza
E meu caminho torna-se mais bonito.
Passando-se as árvores encontro uma cisterna seca, encho-a de água com a minha tinta e percebo o quão é bom poder colorir, colorir a vida
Não somente a minha, mas também a tua. Agora este é o meu caminho, mas em um simples estalar de dedos serás teu.
E, tu há de passar por onde eu tiver pintado, e assim a tua vida, como a minha, será mais colorida.

E, continuo a minha jornada levando comigo somente um arco-íris de cores, então, por fim, vejo em meu percurso crianças tristes, então pinto-lhes um sorriso.
Ah, agora compreendo quão linda pode ser a vida se pudéssemos dá cor aos dias e às noites. Como seria bela a vida se plantássemos o amor, pintássemos o amor em todos os corações.

Então a  minha jornada acaba e tenho em mim uma grande lição que levarei comigo enquanto tiver vida: “O amor dá cor a vida. Se tu tens amor, tu tens tinta e pincel só basta o papel, que é a tua vida, e o amor para inspirar-te a pintar. Ame, ame e ame. Dê cores a sua vida com tonalidades vibrantes e   usufrua o melhor da vida com os pincéis do amor. Pinte, somente pinte, mas busque as cores dentro de você.”

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Manga


 'Tu levantas de onde encontra-se sentado e arranca a manga da mangueira.’

E, eu queria ser o caroço da sua manga
Queria ser o seu doce que toca seus lábios
Queria fazer-te delirar com o meu sabor
Queria te provocar com a minha cor
Queria que tu me arrancasses como tu arrancas a manga da mangueira
Me pegasse para saciar tua fome, e assim far-te-ia saciado
E me veria brilhar em seus olhos famintos
E seria devorada, e tua boca lambuzada daquela manga, que sou eu
E tu arrancarias a casca com destreza, com brutalidade. 
E beijaria-me com todo o seu apetite
E tu não sente-se saciado, devoras não somente uma, mais duas, três...
E ainda, assim, não sente-se saciado de mim
Eu sou a tua manga, tu me provas e sente a minha doçura.

‘E, tu se sentas outra vez, agora, dorme profundamente.’

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Cruel vingança''''




Ela caminhava sem prestar atenção ao seu redor, por isso não o viu vindo em sua direção e tamanha foi a sua surpresa quando por fim o avistou. Ela não pôde conter o sorriso que brotou em seus lábios. A sua alegria foi imensurável, pois sonhava em vê-lo nem que fosse pela última vez. Há tanto tempo que ela não o via, seu coração acelerou, sua boca secou, e não soube concentrar-se em ficar calma. Só concentrava-se nele que vinha a sua frente e a cada passo que davam, mais próximos eles estavam. Os passos dele eram lentos, passos seguros, em sua imponência. Era alto e grande, parecia ocupar todo o espaço. O mundo era somente dele, era somente ele. Seu sorriso derretia icebergs, era cálido.
Quando estavam tão próximos que quase podiam tocar-se, ele falou:
 - Oi – Também estava surpreso não esperava encontrá-la ali. O tempo tinha feito deles duros pela conseqüências de suas existências, pelos passos dados, pela corrida frenética da vida.
Ela não sabia o que falar, sua boca secou. Eles ficaram parados a olharem-se, estáticos. Ela tinha medo de respirar e ele ouvir a batidas de seu coração. Quem era ela naquele momento? E quem seria ele? Já havia tanto tempo.
Ela, simplesmente, respondeu:
- Como vai, Eduard?
Ele com aquele sorriso zombeteiro disse com toda a calma que ainda lhe restava, não imaginava que ela ainda poderia lhe afetar daquela forma.
- Muito bem, e você? O que faz por aqui? Está viajando a trabalho, Hanna?
Ela era magra e alta, tinha os atributos de uma modelo. Cabelos longos que chegavam a cintura, lisos. Mas a sua beleza não chamava a atenção como a sua doçura, para ele, era a pessoa mais doce que conhecera. E que jamais pudera esquecer, e só pôde ter essa certeza agora. Fora duro o que ele precisara fazer, a abandonara uma dia antes do casamento de ambos. Ainda podia vê-la chorar e perguntar-lhe por que fazia aquilo com ela, que ela não merecia. “- Onde está todo o seu amor por mim? Como pôde me enganar desse jeito?”. As suas palavras ainda ecoavam em sua mente, lembrando o quão canalha havia sido com ela. O quão fora longe com a sua vingança. Mas agora não havia como voltar no tempo, não havia como trazer de volta a sua felicidade, porque ele a perdeu quando ela se foi levando consigo o seu coração. Agora era amargo. Nem mesmo ele conseguia suportar a si mesmo, tornara-se uma outra pessoa, mas ele fez o que devia fazer. Quase não ouvira a sua resposta tão perdido em pensamentos estava.
- Comigo tudo bem, Eduard. Estou aqui a viajem de trabalho, sim. Não imaginava que encontrava-se aqui.
Ela não conseguia ficar mais ali, respirar o ar que ele respirava. Então, finalmente, pôde dizer.
- Tenho que ir. Adeus, Eduard.
E, assim, ela retomou os seus passos. A vontade dele era correr atrás dela, enchê-la de beijos e pedir o seu perdão, mas sabia que jamais poderia receber o seu perdão. Sabia que o seu destino era a solidão eterna. Uma dia sonhara com filhos, um lar estável, uma esposa que o esperasse todas as noites com um sorriso cativante, e cães. E, hoje ele tinha somente a ele mesmo, mais ninguém.
E, quanto mais longe ela andava, mais seus passos a levava para longe dele. A vingança que ele levara até o fim acabou com a vida de ambos. Ela não conseguia mais ser feliz. Não podia mais amar e confiar, porque foi a ele que ela entregara o seu coração, corpo e alma. Não havia volta. Ela nunca iria perdoá-lo.
E, assim, ele seguiu o seu caminho e ela o dela. Os dois voltaram as suas rotinas, e tentaram esquecer aquele encontro, como se fosse possível. E, mais um dia de amargura para ambos se passou., e mais uma tarde, mais uma noite. E mais um vácuo, que era o coração deles.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Me abraça*


“Me aperta, me enxuga, me abraça.
Me espreme, me comprime, me enrosca, me abraça.
Me empurra, me enlaça, me envolve, me abraça.
Me acalenta, me condena, me circunda, me abraça.
Me avança, me alcança, me acolhe, me abraça.
Me socorre, me amole, me enfraquece, me abraça.
Me deseje, me derrube, me encosta, me abraça.
Me amola, me atormenta, me esmaga, me abraça.
Me leve para seu mundo, me prende em teus braços, me abraça.
Me abraça, me abraça, me abraça.
Me recebe, me esquente sem nada em mente, apenas me abrace.
Em seus braços quero estar. Somente me abrace, me conforte, me agarre.
Me ame, e me abrace, me eternize em seus braços.”