segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Seus olhares"



“Se seus olhos pudessem falar, falariam de amor”.
É quando eles decidem passear por ti,
e ficam por um longo tempo no tormento de te olhar,
comer-te com os olhos.

E, quando eles chegam a teus lábios, quase que consegue saboreá-los.

E, eles continuam a navegar por você. Mas em um dado momento eles se encontram, os olhos.
E a eletricidade que perpassa por eles arrepia-os, mutuamente. Todavia, ela não “baixa a guarda”, continua a perscrutar, e não sente pudor, continua a olhá-lo com aqueles olhos que comem.
Mas, agora, não é só ela que perscruta, ele também. Ambos se olham como se nunca se houvessem visto. Mas aquela eletricidade, jamais foi vista ou sentida, era deles. Ambos caminhavam por um caminho jamais percorrido, o caminho do deleite, deleite em apenas olharem-se.
Nenhum se movia, continuaram, apenas, a busca delicada, a busca silenciosa de olharem-se, e se amarem à distância. E, esses ‘olhos’ provocam, castigam, e buscam indefinidamente.
E ela não desiste, seus olhos encontram aquelas mãos calejadas como se assim pudesse ser tocada, abraçada, acariciada. E a doce tortura de ‘olhar’ continua.
Mas, eles apenas olham-se, e aquele momento se eterniza, porque se seus olhos pudessem falar, eles falariam, apenas, de amor.

sábado, 29 de janeiro de 2011

"Reinventar-me-ia*



"É tão difícil falar, então escrevo.
E, a música, tão difícil cantar, logo, apenas ouço.
É tão difícil viver, então por que não observa-se?
Mas como posso somente observar, se quero viver a plenitude daqueles momentos?
Mas é tão doloroso não vivê-los conforme a minha vontade.
Será que está escrito em algum lugar? 
Será que algum dia eu irei ler meu próprio livro, o da minha vida?
Ou será que sou responsável por meus atos, e em algum lugar da minha vida escolhi o lado errado, e essa escolha, quiçá, mudou todo o percurso da minha vida, aquela que eu intentava.
Mas não tem como voltar, e nem poderia.
Queria tanto reinventar-me, apenas, como já sou.
E, então, reinventar-me-ei. Reinventarei o meu sorriso pra saber se ele pode fazer-te mais feliz. Reinventarei o meu abraço pra saber se ele te conforta. Reinventarei, também, os meus conselhos para eles te fazerem bem. Reinventaria o amor, mas não poderia, visto que já te amo.
Mas como poderia, eu, reinventar tudo que já vivo? Talvez não reinventar-me-ia se não te fizesse feliz, porque deixaria de ser eu, e quando eu deixar de ser eu, como poderia amar-te?
Se eu mudar, talvez, tu não concordes com meus novos gostos, desejos, intenções, sonhos.
Se eu mudar, quiçá assim distanciar-me-ei de ti, e se isso for o melhor a fazer, farei por ti.
Mas se for reinventar-me, reinventaria também o pôr-do-sol, e faria as manhãs e tardes serem menores e a lua acordaria mais cedo para uma noite maior, assim o tempo estaria a nosso favor, e poderia abraçar-te mais, beijar-te mais, e seria o tempo maior ao teu lado.
Mas se você me esquecesse depois de eu me reinventar, te reinventaria também. Você seria a brisa que me toca, a manhã que me levanta, a água que me banha, a bebida que eu tomo. E, deste modo, reinventaria também o meu amor, visto que ele para mim agora seriam os atos, e meu ato de amar-te seria distinto daquele vivido antes de 'reinventar'. Mas, reinventar-me-ia de novo, porque o ser humano nunca dá-se por satisfeito. E, amanhã eu seria...”

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Aquele velho 'orgulho'


"E aquele orgulho a condoia, machucava-a.
Fazia dela gato e sapato.
Era possessivo.
Mas aquele orgulho era só seu,
Nada mais do que seu,
Somente seu.
E ela se orgulhava
Ou se envergonhava
Daquele orgulho perverso que se apoderava de seu ser.
E ele era dela e ela era dele,
E eles viviam sós,
Porque ela com seu orgulho,
Seu possesso orgulho
Só tinha nada mais do que ele, o seu orgulho
E faltavam palavras e faltavam atitudes
Só não faltava o orgulho
E ela era o orgulho e o orgulho era ela,
E ela orgulhava-se disso,
porque ela tinha apenas ele, e ele tinha apenas ela, 
eram um só."

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Busca'

"...E a cada passo que ela dava, um objeto se ia perdendo, perdendo-se também a sua identidade, mas quando deu-se conta voltaste pelo caminho que outrora havia passado tentando reencontrar-se a si mesma. Todavia ela não podia prever que por ali se havia passado uma tempestade de areia que foi-se levando tudo que encontrava-se pelo caminho, então nada sobrou do que ela fora um dia, sequer conseguia lembrar-se do próprio nome ou de seu endereço. No entanto não deu-se por vencida, foi-se atrás de si mesma tentando rememorar os lugares que havia vivido e seguiu-se uma longa jornada, uma jornada longa em busca de si mesma..."

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Faça-se mais forte'


“Sofrer também faz parte da nossa vida, é como uma base que nos sustenta para nos deixar ainda mais fortes. É como a raiz da planta que a ampara e que retira os nutrientes da terra, alimentando-a”

Imagine uma vida de purezas e andadas sem tropeços, mas em um belo dia aparece uma pequena pedra em teu caminha e tu não a enxergas, passa somente a vê-la após tropicares e cair. Como irás lidar com aquela nova situação? Mas se tu tropeçares futuramente, com certeza, terás mais cuidado e atenção ao teu caminho. Assim é o sofrimento, tu precisas passar a vivê-lo para tornar-se mais forte, para fazer de tua base ainda mais sustentável a todos as ventanias, tempestades e trovoadas que virão pela frente. Assim sendo, faça de teus sofrimentos uma pessoa mais forte, e no final tu passarás de sofredor para uma pessoa forte como a pedra que dantes te derrubara.

'Obstáculos

"Os obstáculos da vida somos nós mesmos que colocamos em nosso caminho quando acrditamos que não iremos ultrapassá-los"

domingo, 23 de janeiro de 2011

6 minutos'


“Estava ali, eu, ouvindo aquela bela melodia. E, como ela conseguia elevar-me à alegrias e tristezas ao mesmo tempo. Ela conseguia revelar-me uma vida inteira, e eu podia ver ou rememorar tudo que havia vivido, e assim, nesse momento estava eu, lá no auge, e ao mesmo tempo na penúria vendo os momentos contentes e descontentes da minha vida. Oh, aquela música de alguns instantes podia rememorar uma vida inteira, e assim em aproximadamente seis minutos, a minha vida inteira passava ali, diante de mim. Mas como pode em tão pouco tempo ver-se uma vida inteira? Mas, sim, aquela doce música de palavras entusiásticas elevava-me ao auge e a penúria, como pode? Mas ali estava ela a vagar no meu coração. Que toque, a que profundidade me transportava aquela terna canção, como ela consegue? Ela podia até trazer, sem imaginar como, a minha inspiração, mas ela, sim, ela, levava-me ao auge e ao mesmo tempo a penúria, como pode? Como pode? Contudo ela, a canção, é na veracidade a canção da minha vida que passa inteiramente diante de meus olhos por apenas seis minutos, como pode? Entretanto, passa-se os seus seis minutos e a música chega ao seu fim, e eu fico ali somente na profundidade da minha vida inteira que castiga-me e deixa-me absolutamente cansada, pesa-se tanto ver-se a tua vida inteira diante de ti por apenas seus seis minutos, e fica ali, comigo, e carrego em meu íntimo apenas a saudade. Mas, então, deixo-me ouvir novamente aquela canção, a canção da minha vida, quem sabe ela consiga trazer de novo, em seus aproximados seis minutos, transportar-me a meu passado,  e eu possa por esse minucioso tempo revivê-la nem que seja por apenas seus seis minutos, 300 segundos, apenas.”

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Incapacidade de acreditar, a nossa'


“No caminho que ela andava havia uma poça. Ela parou para observar se aquela pequena poça instalada no meio de seu caminho tinha água cristalina, mas decepcionou-se por não encontrar o que ela esperava, a água que encontrava-se ali era barrenta  e ela não podia ver a sua imagem refletida naquela pequena poça, mas ao passar seu pés sobre a superfície da água fez-se assim possível observar a sua imagem refletida e a água dantes escura encontrava-se, agora , límpida e cristalina. E, assim, ela percebeu que não existe o impossível, existe o que nós criamos, a nossa incapacidade de acreditar, deste modo a sua habilidade de visualizar as coisas, a vida, mudou.”

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Por que as pessoas economizam?

Economizamos palavras.
Economizamos beijos.
Economizamos abraços.
Economizamos olhares apaixonados.
Por que economizamos as palavras quando elas precisam serem faladas?
Por que economizamos os beijos quando eles precisam ser 'tatuados' no rosto da pessoa amada?
Por que economizamos os abraços quando precisamos confortar?
Por que economizamos os olhares apaixonados quando se pode amar?
Talvez, se econmizássemos as palavras somente nos momentos que o ato de beijar, abraçar e olhar apaixonadamente a pessoa que amamos, então nesse momento poderíamos, sim, economizar.
Mas pra quê economizar amor se amar é maior alegria que o coração pode ter?

E, o que seria o amor?

No coração de um poeta, poesia.
No coração de um bobo, poesia.
No coração de um apaixonado, poesia.
No meu coração, eis as palavras bobas e apaixonadas em formato de poesia as quais escrevo agora.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Nostalgia.

"Tenho saudade de minha antiga natureza, onde a beleza fazia parte de mim, fazia, sim, parte do cenário que sempre vivi.
Hoje, a minha natureza é predial, oculta por grandes arranha-céus, sem sombra de árvores, e nem sei mais onde encontra-se a minha, a minha alma.
E, vivo apenas a procura dela, da minha sombra. 
A sombra dos prédios é tamanha, que faz da minha pequena sombra oculta, até a mim.
Onde estou? 
Tenho tanta saudade de minha antiga natureza, onde podia inspirar-me sobre o tronco do meu cajueiro, o mais alto tronco, e a luz do sol podia refletir-se através de mim. 
Hoje tenho apenas aquela luz sob minha cabeça que deixa-me cega sem ao menos trazer a tona aquelas palavras necessárias, necessárias a minha antiga natureza. 
E, fico aqui, apenas, com saudade de minha antiga natureza. Saudade apenas daquela minha antiga natureza."

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Meio sorriso'

"Levanto-me pela manhã tentando desenhar um sorriso em meus lábios, mas torna-se tão difícil quando não sabe ilustrar-se um belo sorriso. E, assim, desponta somente um rabisco que pode-se chamar de meio sorriso. Então, percebo logo cedo que não adianta ter-se o melhor sorriso, mas ao menos tentar sorrir, mesmo que seja apenas um rabisco do que chama-se ‘sorrir’. E, assim, sou uma espécie que doa meio sorrisos para onde quer que eu vá, distribuindo-os sem enfastiar, quem sabe, dessa forma, não consiga contagiar e ver, aquele meio sorriso que carrego comigo, emoldurado em outras pessoas... . E quanto mais os dias passam, acordo, e em toda ocasião que levanto-me, aprendo cada vez mais a proeza de um bom e belo sorriso (...)"

  Para refletir: Nenhum problema, nenhuma pedra e nenhuma desvantagem são tão fortes ou pesados que tu não possas carregá-los e tirá-los de seu caminho. Devolva meio sorrisos que tu receberás em troca tudo de iluminado que a vida pode oferecer.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Arrisco*


Olho pela janela de meu quarto e vejo somente as estrelas que brilham, e elas brilham na profundidade de meus olhos, assim, sinto-me uma estrela, então, penso nesse pequeno mas eterno momento que lá no céu distante encontra-se, eu, sob forma de uma linda estrela. E “eu” sempre brilho, nem as melodias tristes que insistem em tocar dentro de meu coração fazem-me deixar de brilhar. E, assim, arrisco pelo menos hoje ser uma estrela e brilho, somente brilho, nada me ofusca, somente o meu próprio brilho.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O sonho que não aconteceu"


“O sonho não aconteceu , assim como a flor que plantou morreu, a esperança que floresceu, desvaneceu. Acordou do sonho que nem viveu. Com susto e ofegante a alma gigante se apequenou. O coração cheio, murchou.  O sorriso lindo, apagou. A canção feita, não rimou. A mulher que conversava, se calou. A flor desabrochou. O mar dantes calmo, revoltou. O sol se fechou e a dor se propagou. E ficou, e continua, porém, com o tempo passa e uma lição fica, depois outra, outra e outra (...)”

domingo, 9 de janeiro de 2011

A Verdade*

"Se você é o dono da verdade, reescreva-a, porque a sua verdade pode não ser a verdade dos outros. Mas, se por acaso, a tua verdade assemelhar-se as verdades alheias pode não passar, unicamente, de mera coincidência"

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Uma folha...


"Uma folha que cai no chão fora do seu tempo e eixo pode mudar toda uma história"

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cansei''

“Cansei... de ser amiga de quem não vale minha amizade;
Cansei... de abrir meus braços tentando abraçar o mundo, e somente conseguir abraçar um sujeito, pessoa, indivíduo, dito-cujo;
Cansei... de tentar correr sem que minhas pernas possam aguentar a lassidão;
Cansei... de acreditar no ser humano, e receber por isso uns "mil réis" de decepção;
Cansei... de pecar e eu mesma não me dá o perdão, é muito difícil conseguir seu próprio perdão, meu orgulho é maior que eu mesma;
Cansei da devassidão, e pensar que daqui a 100 anos ela nem vai mais existir, será simplesmente normal ser “devasso”;
Cansei... de ser escrava da sociedade, se pode chamar-se o mundo que vivemos de pessoas “praticantes de mesmos gostos, propósitos... tradições" resumindo-se em sociedade;
Cansei de ser “eu”, e quem sou eu, tu, vós, eles?"




segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que seria o fim?



Fim... palavra concebida para dar-se um término à coisas. Então dá-se fim a processos, a mentiras, a desigualdade, a pobreza, também a riqueza, a beleza, a juventude, a paz, a guerra, a bondade, a maldade, (...). Mas poderia dar-se fim ao amor? E o infinito existente nas promessas através de beijos de casais apaixonados? E dar-se fim ao amor de uma mãe que carrega seu filho durante nove meses? E dar-se fim a fé?
Fé também é amor, e quem ama tem fé suficiente para acreditar que o amor, o verdadeiro, não tem um FIM.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Aprender.

"E daquela pequena árvore provou-se o mais suculento e doce fruto que fez de teus lábios mel. 
E assim percebeu-se o quão tu és pequeno diante da natureza, e que nunca podes julgar o tamanho daquilo que não podes entender."