domingo, 28 de agosto de 2011

A Dama de Vermelho que coloriu o sertão*


Caminhando sobre pregos, pé por pé, colocando sempre um a frente do outro. Seu sangue de um vermelho tinto respingava no chão e deixava o seu rastro, manchando a terra árida de vermelho, tingindo-a. Naquele sertão escaldante o seu sangue coloria aquele lugar pálido e por isso ela andava, sua motivação, queria colorir o mundo até que não restasse uma gota sequer, uma vida sequer, a sua própria.

sábado, 20 de agosto de 2011

E a noite silencia*


Olhos perdidos que buscam os teus no silêncio da noite que se prolonga.
Deitados na cama,
mãos nas mãos que abraçam-se,
dedos nos dedos que entrelaçam-se,
toques vagos.

sábado, 13 de agosto de 2011

A história de Andy* - II

Andy fora socorrida por paramédicos de plantão e levada a emergência.  Enxergava somente a escuridão, seus olhos estavam borrados por uma grande mancha preta que ofuscava a sua visão. Seu corpo esguio foi jogado em uma maca e levado as pressas para uma ala qualquer, podia reconhecer agora algumas vozes preocupadas que falavam de uma forma ininteligível, indecifrável, mas as vozes foram desaparecendo aos poucos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A história de Andy*

Ela pegou o trem das 22:00 h e depois de uma hora e meia em pé chegou em casa, entrou e olhou a sua caixa postal e nela havia algumas mensagens, apertou o botão para ouvi-las e enquanto isso deitou em seu velho sofá desgastado pelo tempo colocando as suas longas pernas para cima e ouviu-as. A primeira mensagem era a sua mãe – Filhota, entra em contato comigo, mamãe está com saudade, passe aqui para tomar aquele caldo de galinha que você tanto gosta. Te amo.