domingo, 23 de janeiro de 2011

6 minutos'


“Estava ali, eu, ouvindo aquela bela melodia. E, como ela conseguia elevar-me à alegrias e tristezas ao mesmo tempo. Ela conseguia revelar-me uma vida inteira, e eu podia ver ou rememorar tudo que havia vivido, e assim, nesse momento estava eu, lá no auge, e ao mesmo tempo na penúria vendo os momentos contentes e descontentes da minha vida. Oh, aquela música de alguns instantes podia rememorar uma vida inteira, e assim em aproximadamente seis minutos, a minha vida inteira passava ali, diante de mim. Mas como pode em tão pouco tempo ver-se uma vida inteira? Mas, sim, aquela doce música de palavras entusiásticas elevava-me ao auge e a penúria, como pode? Mas ali estava ela a vagar no meu coração. Que toque, a que profundidade me transportava aquela terna canção, como ela consegue? Ela podia até trazer, sem imaginar como, a minha inspiração, mas ela, sim, ela, levava-me ao auge e ao mesmo tempo a penúria, como pode? Como pode? Contudo ela, a canção, é na veracidade a canção da minha vida que passa inteiramente diante de meus olhos por apenas seis minutos, como pode? Entretanto, passa-se os seus seis minutos e a música chega ao seu fim, e eu fico ali somente na profundidade da minha vida inteira que castiga-me e deixa-me absolutamente cansada, pesa-se tanto ver-se a tua vida inteira diante de ti por apenas seus seis minutos, e fica ali, comigo, e carrego em meu íntimo apenas a saudade. Mas, então, deixo-me ouvir novamente aquela canção, a canção da minha vida, quem sabe ela consiga trazer de novo, em seus aproximados seis minutos, transportar-me a meu passado,  e eu possa por esse minucioso tempo revivê-la nem que seja por apenas seus seis minutos, 300 segundos, apenas.”

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