Sempre no mesmo lugar
Fazia chuva, sol,
neblina, mas ela estava lá, sempre lá
Ana tinha 7, 8, 9
anos
E ela via as mudanças
acontecerem em si mesma
Mas nada acontecia
com a rocha
Talvez um pequeno
desgaste natural com o tempo,
Mais nada
Mais nada
Todavia isso a
incomodava
Ela ia
brincar
Subia na rocha,
sentava na rocha
E os anos a passar
Agora com 20
Aquilo ainda a
incomodava
Até para a “dura”
pedra era necessário mudar
Chamou os seus vizinhos,
amigos, gatos e papagaios,
Então pediu-os gentilmente que retirassem a rocha daquela banda
Então pediu-os gentilmente que retirassem a rocha daquela banda
Alguns pensaram que
estava louca
Contudo era preciso modificar,
transformar
E todos fizeram uma força
tamanha
Para retirar a pedra
de lá
Tantos galhos, ervas
daninhas a lhe suplantar
Mas por fim
conseguiram levantá-la da sua zona, zona de conforto
Colocaram-na
sobre uma S-10 velha e levaram-na para o rio, o Rio Paraguaçu
Após a Ana escolher o melhor lugar,
Os seus
amigos a colocaram delicadamente na beira do rio
Próxima de belas
flores,
Vitórias régias
e uma baixa corrente.
Vitórias régias
e uma baixa corrente.
Agora todos os dias
seriam novos dias;
Um novo espaço,
Peixes iriam se
aproximar, a temperatura iria variar e novas pessoas iriam sentar-se sobre ela,
Bem como muitas crianças iriam dela pular e divertir-se.
Bem como muitas crianças iriam dela pular e divertir-se.
Ah, Ana, você não
sabia
Mas a rocha teria os
seus novos dias, dias de alegria
Porque você a tirou da zona,
de conforto, zona
(...)
A Ana retornou
para casa
Retirou todas as
ervas daninhas de onde encontrava-se a rocha e plantou uma Rosa
Cujo nome era
Rocha...
Sim, a Ana deu-lhe o nome de Rocha.
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