Ela procurava uma paz que não existia, um recanto, um casulo, um povoado, mas a quietude que buscava seria sempre uma mera referência aquilo que intentava. Deveria ser a paz de espírito de muitos, mas como poderia se ela própria não podia dar-se essa paz? Era rainha, não entendia porque assim deveria ser. Não sentia-se digna para tal encargo e nunca fizera por merecer.
As vestes somente cobriam um corpo flácido de seus vinte e poucos anos e a coroa representava tudo que não gostaria de ser. Ainda se perguntava por que não nascera camponesa, assim poderia correr pela relva coberta de flores amarelas e brincaria como as crianças plebéias faziam. Tentava se imaginar naqueles olhos felizes, contudo sempre fora pura imaginação, sempre seria. Uma futura rainha não podia sentir, amar, fazer-se humana. Crescera, mas a sua alma rebelde ainda persistia, aquela adrenalina sempre contida estava guardada dentro de si por anos a fio aguardando o momento certo, próprio, para vir à tona. Seus pais, rei e rainha, morreram há pouco menos de dois meses, muitos choraram, todavia ela não derramara uma lágrima, não os via como a soberania, nem como seus pais, nem como humanos, eram muralha, eram as pedras daquele reino. Seria como eles? Ou seria àquela desrespeitada por todos, ainda a criança desobediente, rebelde, carente? Então, sem pesar, arrancara a sua vestimenta, cobria-se unicamente pelas últimas roupas íntimas que mal disfarçavam seu corpo jovem quase desnudo, sentara no trono, colocara a coroa, era ela agora a rainha, a rainha do povo, porém esse era mais um daqueles atos de rebeldia contida, era devaneio. Amanhã seria rã para despida no rio banhar-se, entretanto seria outra vez nada mais que um sonho, os sonhos da Rainha Ester.
As vestes somente cobriam um corpo flácido de seus vinte e poucos anos e a coroa representava tudo que não gostaria de ser. Ainda se perguntava por que não nascera camponesa, assim poderia correr pela relva coberta de flores amarelas e brincaria como as crianças plebéias faziam. Tentava se imaginar naqueles olhos felizes, contudo sempre fora pura imaginação, sempre seria. Uma futura rainha não podia sentir, amar, fazer-se humana. Crescera, mas a sua alma rebelde ainda persistia, aquela adrenalina sempre contida estava guardada dentro de si por anos a fio aguardando o momento certo, próprio, para vir à tona. Seus pais, rei e rainha, morreram há pouco menos de dois meses, muitos choraram, todavia ela não derramara uma lágrima, não os via como a soberania, nem como seus pais, nem como humanos, eram muralha, eram as pedras daquele reino. Seria como eles? Ou seria àquela desrespeitada por todos, ainda a criança desobediente, rebelde, carente? Então, sem pesar, arrancara a sua vestimenta, cobria-se unicamente pelas últimas roupas íntimas que mal disfarçavam seu corpo jovem quase desnudo, sentara no trono, colocara a coroa, era ela agora a rainha, a rainha do povo, porém esse era mais um daqueles atos de rebeldia contida, era devaneio. Amanhã seria rã para despida no rio banhar-se, entretanto seria outra vez nada mais que um sonho, os sonhos da Rainha Ester.
ESSA RAINHA ESTER É A MESMA QUE CONTA NA BÍBLIA??
ResponderExcluirhttp://ozeladorfiel.blogspot.com/
Não, não. Essa é uma Rainha fictícia, àquela que busca a sua própria liberdade, um pouco de todos nós.
ResponderExcluir(:
Entendo o drama dela de não se enquadrar e não se realizar em suas funções sociais... Tal como ela, me vejo na mesma constante luta, para não me tornar, por fim, apenas mais uma pedra...
ResponderExcluir.
Parabéns pelo teu Blog! Bjss
Deia uma passadinha pelo meu depois:
http://sublimeirrealidade.blogspot.com
Eu também já me perdi em devaneios diversas vezes. Alguns eram reconfortantes, outros nem tanto.
ResponderExcluirAcho que sonhar também faz parte da nossa realidade.
Até a próxima!
Olá, pelo dihitt conheci suas páginas...
ResponderExcluirGostei muito.
Grande abraço
Tem uma TAG p/vc em meu blog;
ResponderExcluirQuando puder passa lá e participa!
P.s: não tem pressa! bjos :)