sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A história de Andy*

Ela pegou o trem das 22:00 h e depois de uma hora e meia em pé chegou em casa, entrou e olhou a sua caixa postal e nela havia algumas mensagens, apertou o botão para ouvi-las e enquanto isso deitou em seu velho sofá desgastado pelo tempo colocando as suas longas pernas para cima e ouviu-as. A primeira mensagem era a sua mãe – Filhota, entra em contato comigo, mamãe está com saudade, passe aqui para tomar aquele caldo de galinha que você tanto gosta. Te amo.
Após ouvir essa mensagem abriu um largo sorriso, sua mãe tinha o dom de tornar o seu dia mais lindo, iluminado. A segunda mensagem era de um banco – Senhora ****, por favor, entre em contato conosco através do número ****-****. Boa tarde. O sorriso que sua Mãe provocou já não era mais o mesmo, aquelas ligações tinham o dom de provocá-la, de irritá-la de uma maneira sem igual. Quando já ia levantando-se havia mais uma mensagem, era a voz de sua madrasta e ela estava nervosa, até histérica – Andy, entre em contato comigo o mais rápido que você puder. Tão desesperada ficou que caiu do sofá na rapidez que tentou levantar-se, “Meu Deus, o que será que aconteceu?”, pensou. Pegou o telefone meio trêmula, com dificuldade em digitar o número que tanto sabia que sentiu até certa vertigem por esquecer-se dele. Após duas tentativas frustradas ao ligar errado, conseguiu, por fim, ouvir a voz doce de Emmy, a sua madrasta. - Alô. 
– Emmy, sou eu, o que houve? Aconteceu algo ao meu Pai?
- Andy, estamos no Hospital Ruy Barbosa, vem pra cá. Disse-lhe, Emmy.
- Ai, meu Deus, me diz o que aconteceu, por favor. Andy falou com voz chorosa.
- Conversamos aqui minha querida, estou lhe esperando. Então, Andy somente ouviu o toque da ligação que havia sido finalizada.
Saiu do jeito que encontrava-se nem se deu ao trabalho de trocar a roupa que vestia, meio desorientada, meio sem enxergar direito para onde ia, queria gritar. Chamou o primeiro táxi que passou na rua, entrando no mesmo, disse: - Boa noite, Hospital Ruy Barbosa, por favor.
O carro saiu em disparada. Sua cabeça em turbilhão não queria pensar no pior, sua mãe possivelmente não sabia de nada, também não prestara atenção qual o horário que ela ligou e a sua madrasta somente ligara a noite. Os dez minutos que esperou dentro do táxi pareceram para ela dez anos sem fim, mas enfim ela chegou. Pagou o táxi, saiu e de longe avistou sua madrasta, sua mãe, seus dois irmãos por parte de Pai e as lágrimas brotaram em seus olhos ao ver seus irmãos chorando convulsivamente. O mundo parou nesse momento, perdeu a noção tempo-espaço e somente viu a  escuridão, o último som que ouviu foi o barulho ao tombar no chão. 
Continua...

4 comentários:

  1. Me fiz a mesma pergunta que ela: "o que será que aconteceu?"

    Quero mais.

    http://amar-go.blogspot.com/

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  2. vou acompanhar...
    estou te seguindo de volta no twitter.

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  3. Ansiando a continuação....

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  4. Vou aguardar a continuação antes de tirar alguma conclusão definitiva, mas é uma experiência bem intensa e angustiante, que narrou muito bem.
    Até.
    Um ótimo fim de semana.

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