Ah quimera que me aquece,
Sim, nos invernos mais frios cobre-me com o peso do seu corpo.
E o calor, àquele que advém de você
Anuvia o frio, o vazio que aqui se instalou.
Ah quimera que nos momentos de solidão
Segura-me a mão, aperta-a e sufoca aquela dor do coração.
Sim, tu passas a tua força e torna-se fraco, fraco por mim.
E aquele brilho sagaz que preenche teus olhos, como fogo,
Queima, deveras tu queimas, minha brasa, abrasas-me.
Como quiseras encher-se de prazer, no auge da quimera,
De enfeitiçar você, doce feitiço.
Ah, quimera que me queima
que me condena com a prisão do teu abraço,
meu porto, o conforto para a alma cava, cava alma.
Encurrala-me, me prende, e solta o urro preso na garganta,
Nas entranhas do desejo.
E na manhã fria que se estende a quimera passa, a fantasia passa, a alucinação passa, mas as preces ficam e ecoam nos dias frígidos que seguem, àqueles, sim, de desejos cáusticos.
Bom 2012 cheio de luz, paz, amor e saúde para você Ju.
ResponderExcluirVocê sabe que escreve muito, sucesso para o blog porque você tem talento.
que linda , gostei *-*
ResponderExcluirA energia que transmites através do desejo é incrível - e a retomada no final dá uma progressividade bacana! Adorei o blog ;-)
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