Sim, eu Te Amo*

A Elisa um dia foi tua.

Sua inocência de menina com trejeitos de mulher,

seus beijos mais doces que encerravam-se em olhares preciosos, àqueles que discorriam mais do que mil palavras poderiam descrever,

e o amor mais puro que um coração poderia abrigar;

foram seus, somente seus.

Todavia a tua Elisa foi-se embora

no acordar de um novo dia,

sem ao menos dizer-lhe adeus.

Ah, coração vazio que se instalou.

Ainda a via em todos os rostos, sorrisos e gostos,

mas ao final do dia sobrava-lhe, apenas, um amontoado de ilusões.

- Como podia tê-la em todas e em nenhuma?

Anos passaram-se; e

hoje é um grande dia.

Encontraste por fim a tua Elisa.

Nervosismo através do paletó bem engomado

e dos sapatos bem lustrados.

Ela chega por fim a ti, brindando-o com um de seus melhores sorrisos,

àquele que nunca será dela.

Como se sentisse sua presença,

ele não tem certeza,

a verdadeira Elisa achega-se

e senta-se para presenciar seu drástico fim, o fim de ambos,

após o monossilábico sim, eu te amo.

- Eu os declaro marido e mulher.

- Palmas aos noivos.