quinta-feira, 10 de março de 2011

A aurora era ela*


E, ela andava contra o vento
Seus cabelos esvoaçando, as mechas cobriam seu lindo rosto
Ela andava como se não existisse chão, era como se estivesse voando
Estava cercada pela aurora, e era a própria aurora.
E, ele não sabia se ela era mulher ou anjo, ou a coisa mais bela que já vira

O sol encontrava seus olhos, deixando-os mais claros e brilhantes
Sentia-se seu cheiro de longe, deixando-o inebriado
Ela era a luz, brilhava por onde quer que fosse
E ele não conseguia deixar de olhá-la
Ela o atraía como se fosse um ímã
Estava compenetrado nela, perdido nela, ele a queria pra si
Ela estava longe, mas só em pensar nela era como se ele conseguisse tocá-la
Ela era o alvorecer, era o tardar da noite, ela era a madrugada sempre a acompanhá-lo
E, seus olhos sempre cativantes encontraram os dele, e sorriram, os olhos.
Ela era menina, ela era mulher
Era o que ele sempre sonhara, intentara e esperara por toda a vida

Ela continuou a andar e seus olhos a perderam de vista
E, ele sentiu a solidão vizinha
Ela estivera tão perto, sentiu o amor tão próximo, quase a tocá-lo
Mas ele a perdera, a perdera por hora                    
Pois, ela era sua e ele era dela, ele sabia
Visto que ele sempre sonhara com ela, intentara por ela e a esperara por toda a vida.
E, sabia, podia esperar mais.
                                         
Porque ela era o alvorecer, era o tardar da noite, ela era a madrugada, era a aurora sempre a acompanhá-lo.

Um comentário: